Fonte: Agência BNDES de Notícias

 

Foi lançado no dia 16/11, em Brasília, pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, o Novo Brasil Mais Produtivo, programa do Governo Federal voltado a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) do setor industrial. O programa tem como objetivo promover o aumento da produtividade, competitividade e eficiência energética, além de fomentar investimentos na transformação digital e no desenvolvimento de novas tecnologias digitais. Os ministros de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, e do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Marcio França estiveram presentes na solenidade na sede da Confederação Nacional da Indústria.

Sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a meta é atender 91 mil MPMEs até 2026, o que faz do programa o maior já implementado no país. Participam do Novo Brasil Mais Produtivo a Agência Brasileira de Desenvolvimento industrial (ABDI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

O vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, alertou que o Brasil perde produtividade há 40 anos e que precisa agir na causa dos problemas para atingir o desenvolvimento sustentável. “Precisamos fazer diagnósticos, identificar gargalos, elaborar projetos e dar os tratamentos de como fazer. BNDES, FINEP e Embrapii fazem a diferença para o crédito chegar a quem precisa”, detalhou.

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, disse que a participação do BNDES no Novo Brasil Mais Produtivo reforça a missão do BNDES no apoio das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) “. “A digitalização de processos básicos e a inserção de novas tecnologias de manufatura avançada são essenciais para a recuperação da produtividade, ajudando também a promover a integração da indústria com o setor de serviços de valor agregado”, explicou.

Gordon enfatizou ainda a agenda de produtividade e digitalização do Banco voltada ao segmento, “onde as pequenas empresas têm papel estratégico e onde temos que atuar para aumentar a produtividade da economia.

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A nova fase do programa vai destinar R$ 2,037 bilhões para o engajamento digital de 200 mil indústrias, com atendimento direto a 91 mil empresas nos próximos três anos. Para fortalecer ainda mais a iniciativa, o MDIC articulou e trouxe para dentro do programa as instituições financiadoras BNDES, Finep e Embrapii, que agora se somam às parcerias já consolidadas com ABDI, Sebrae e SENAI – esses dois últimos como executores e com aporte de recursos próprios.

Modalidades do programa – O novo Brasil Mais Produtivo terá quatro modalidades de atendimento até 2027. Uma delas é a plataforma de produtividade em que até 200 mil micros, pequenas e médias empresas terão acesso a cursos, materiais e ferramentas sobre produtividade e transformação digital. O Diagnóstico e melhoria de gestão é destinado a até 50 mil micros e pequenas empresas que receberão orientação e acompanhamento contínuo de Agentes Locais de Inovação e outros instrumentos do Sebrae para aumento da produtividade, além de projetos setoriais do Sebrae que também serão oferecidos.

Outra modalidade é a otimização de processos industriais – consultoria mais educação profissional, voltada para até 30 mil micros e pequenas empresas que serão atendidas por consultoria em Lean Manufacturing ou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI. No caso das indústrias médias, até 3 mil empresas serão atendidas por consultoria em Lean Manufacturing ou Eficiência Energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.

Na modalidade Transformação Digital, em que 360 empresas serão apoiadas com desenvolvimento de tecnologias 4.0. e 8,4 mil MPMEs serão beneficiadas com soluções desenvolvidas por empresas provedoras de tecnologias 4.0, via chamadas Smart Factory, além da possibilidade de contratação de pós-graduação em Smart Factory do SENAI com desconto. Até 1,2 mil médias empresas serão contempladas com um plano completo de transformação digital, da elaboração do projeto de investimento ao acompanhamento. O BNDES participa oferecendo Linhas de financiamento acessíveis para os Projeto de Transformação Digital com recursos do recém-lançado programa BNDES Mais Inovação (R$ 5 bilhões, TR – 4% ao ano) e do FINEP Inovacred.

O BNDES oferece ainda recursos não reembolsáveis do Fundo Tecnológico do BNDES (FUNTEC) e assim como a FINEP (recursos do FNDCT) para desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias da indústria 4.0, por meio da rede SENAI de Inovação.

“O BNDES aportará recursos não reembolsáveis e crédito para que possamos gerar o maior programa de produtividade de pequenas empresas do país”, disse Gordon. Segundo o diretor, já em outubro deste ano, o BNDES bateu sua meta anual de apoio ao segmento com R$ 65 bilhões (somando desembolsos e alavancagem através do Fundo Garantidos de Investimentos – BNDES FGI).

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