Fonte: MV
Com ferramentas corretas combinadas a uma gestão eficiente, é possível atender à demanda e fazer diagnóstico precoce tão importante quando o assunto é o câncer.
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais atinge e mata as mulheres no Brasil, e ainda há um longo caminho a percorrer para reverter esse quadro. Entre 2020 e 2022, foram registrados 66.280 casos novos da doença por cada ano do triênio, representando um crescimento em relação ao ano de 2019, onde 59.700 casos foram registrados, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Para combater a doença, a saúde digital vem crescendo e colaborando com o tratamento e a cura, auxiliando a detecção cada vez mais cedo. As tecnologias têm envolvido simuladores de realidade virtual que ajudam os pacientes a lidar com o estresse e a ansiedade associados a um diagnóstico e técnicas de imagem aprimoradas com a inteligência artificial, que tornam a detecção e a análise dos tumores muito mais fácil.
Informatização de processos
“O diagnóstico precoce e assertivo reduz a mortalidade por câncer de mama e a tecnologia traz benefícios desde o engajamento, atendimento, entrega de resultados até encaminhamento para o tratamento adequado quando necessário. Informatizar todos os processos envolvidos no atendimento deste paciente, traz consequente ganho no tempo empregado nessa jornada”, ressalta Larisse Ramos, Especialista em Negócios de Medicina Diagnóstica na MV.
Mas há ainda muitos desafios em termos de infraestrutura dentro das instituições de saúde. A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária prevê a utilização de monitores adequados compatíveis com a análise da modalidade, mas sabe-se que algumas das instituições não conseguem contar com equipamentos modernos. “A qualidade dos monitores pode interferir de forma decisiva na análise das imagens, ao ponto que há uma necessidade de um monitor com proposta de maior qualidade e consequentemente de um maior investimento na estrutura de armazenamento, compartilhamento e mamógrafos digitais”, afirma.
Tecnologia de ponta
A executiva ainda afirma que diversas empresas estão investindo em aplicativos e equipamentos tecnológicos para colaborar com a cura do câncer de mama. Uma delas é a NASA. A organização iniciou o movimento de biomimética, levando avanços em quase todos os campos de pesquisa. A tecnologia também foi aplicada às próteses mamárias, pois através da impressão 3D, os médicos moldes personalizados para a forma, tamanho e cor, correspondendo à anatomia única de cada paciente. Isso faz com que elas mantenham uma maior sensação de normalidade, ao mesmo tempo em que fornecem o suporte necessário para ajudar a prevenir feridas mamárias, que podem levar à infecção.
Apesar dos grandes avanços, Larisse alerta para a importância da informatização e da digitalização no combate ao câncer de mama. “A expansão dessas iniciativas está atrelada ao entendimento da instituição referente ao custo versus o retorno que a transformação digital traz”, explica.
A executiva lista algumas ferramentas que a gestão da medicina diagnóstica tem à disposição para otimizar a realização das mamografias e que pode ser um investimento nas instituições de saúde. São elas:
Expansão da oferta de exames – Essa funcionalidade do software de gestão da medicina diagnóstica é fundamental para que a organização possa fazer a confirmação de agendamentos, dar vazão à demanda das pacientes e garantir que sejam atendidas diante de uma agenda com total aproveitamento.
Integração das informações para o cuidado da paciente – Para a realização de mamografias, é importante o levantamento e a correlação dos dados clínicos e radiológicos para que o médico possa orientar-se melhor nos achados do exame. Sendo assim, é indicado integrar os sistemas de medicina diagnóstica também ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), garantindo o acesso aos dados integralizados da paciente a ser submetida ao exame.
Maior qualidade de laudo – Desde a operação adequada do mamógrafo, que deve estar devidamente calibrado, até a escolha correta do hardware (especialmente o monitor) usado pelo médico, as ferramentas presentes no PACS evitam gastos com utilização de películas, além de garantir uma boa visualização da imagem diagnóstica, o que resulta em um laudo mais apurado.
Análise avançada das mamografias – O uso de visualizadores ultra avançados otimiza o diagnóstico, garantindo, assim, a diferenciação entre achados evidentes e discretos é facilitada. Essas ferramentas são capazes, por exemplo, de diferenciar tons de cinza e permitem a comparação e o aumento, síncrono ou não, de áreas e série de interesse e projeções de imagem. Há também recursos como zoom múltiplo para melhor análise da superfície, alinhamento automático das imagens, exibição de medidas e impressão personalizada.