Selo IA

Fonte: Positivo SEG

Soluções com IA automatizam análises em tempo real, reduzem o trabalho manual e oferecem respostas mais rápidas e precisas em situações críticas

O uso de Inteligência Artificial (IA) em sistemas de Circuito Fechado de Televisão (CFTV) marca uma nova fase para o videomonitoramento, com ganhos significativos em precisão e eficiência. Ao captar, analisar e interpretar imagens em tempo real, a tecnologia amplia o alcance desses sistemas, automatizando o levantamento de dados que facilitam a identificação de situações críticas, comportamentos suspeitos e padrões de movimento. Nesse contexto, a Positivo SEG, unidade de negócios de segurança eletrônica da Positivo Tecnologia voltada ao mercado B2B, destaca o papel estratégico da IA como aliada na modernização dos sistemas de segurança e detalha sua aplicação prática.

 

Entre os principais recursos de IA integrados às câmeras de segurança estão os sistemas de detecção de linha cruzada, intrusão e movimentação em áreas restritas, que geram alertas sempre que pessoas, veículos ou animais acessam zonas previamente delimitadas. Outra funcionalidade relevante é a análise do fluxo de pessoas, que permite acompanhar, em tempo real, a movimentação em locais de grande circulação, como shoppings, centros comerciais e eventos. Além de apoiar a prevenção de aglomerações, esse recurso fornece dados estratégicos que podem embasar decisões operacionais e de segurança.

“Mais do que evitar superlotação, a leitura inteligente do fluxo de pessoas permite entender padrões de comportamento e adaptar recursos de forma proativa, o que é essencial para aumentar a eficiência da operação e a experiência dos usuários”, destaca Felipe Szpigel, vice-presidente de Segurança Eletrônica da Positivo SEG.

No que diz respeito à identificação de comportamentos suspeitos, a IA permite diversas análises, como detectar quando alguém permanece por muito tempo parado em um ponto específico ou identificar cenas que indiquem potenciais tentativas de furto em lojas. Esses eventos geram alertas automáticos para a central de monitoramento. Já a leitura automática de placas (LPR) tornou-se ainda mais precisa com o uso da IA auxiliando em buscas forenses e no controle de acesso, com registros armazenados para consultas posteriores. Outro destaque é a identificação de objetos abandonados, recurso útil em locais estratégicos, como aeroportos, centros comerciais e áreas públicas, contribuindo para a prevenção de riscos e obstruções.

“A grande diferença das soluções de segurança eletrônica com IA, em relação aos sistemas tradicionais, está justamente na capacidade de análise e resposta automática. Enquanto os métodos convencionais exigem atenção constante de operadores humanos, a IA atua como um filtro inteligente, sinalizando apenas as ações relevantes e liberando os profissionais para tarefas mais estratégicas, com tomadas de decisão baseadas em dados”, complementa Felipe.

Além disso, os sistemas com IA mais avançados oferecem aprendizado contínuo, reconhecendo padrões de comportamento e antecipando situações fora do comum, o que permite ações preventivas. “A tecnologia é capaz de processar mais de 10 analíticos simultaneamente, otimizando o desempenho das operações de segurança de forma que seria inviável para um ser humano”, destaca o especialista.

Outro avanço está na usabilidade das soluções com IA, que já contam com interfaces mais intuitivas e configurações simplificadas, facilitando a gestão, mesmo para usuários com menor especialização técnica. A busca por imagens também evoluiu: hoje, é possível localizar cenas específicas com base em características como a cor da roupa de uma pessoa ou o horário em que determinado veículo esteve presente em um local. Paralelamente, a IA Generativa, tendência emergente no setor de segurança, possibilita a interpretação e descrição precisa de cenas em tempo real, como quedas, brigas, acidentes ou comportamentos fora do padrão. Ao identificar esse tipo de situação, os sistemas emitem automaticamente alertas detalhados, que chegam diretamente às centrais de monitoramento.

Entretanto, apesar dos avanços, ainda existem desafios. A integração com diferentes plataformas e dispositivos exige compatibilidade técnica e conhecimento especializado para instalação e configuração adequadas. Também é necessário prever infraestrutura apropriada — como rede, servidores e armazenamento compatível com o alto volume de dados. Além disso, é essencial capacitar os usuários para interpretar os alertas e agir de forma estruturada. “O sucesso da implementação também passa pelo planejamento técnico e pela qualificação das equipes envolvidas”, pontua Szpigel.

O executivo da Positivo SEG acredita que o valor agregado da IA será cada vez mais percebido pelos usuários, especialmente pelo ganho em eficiência e desempenho, mesmo que o custo inicial seja mais elevado. Para isso, é fundamental que os benefícios sejam bem comunicados ao mercado, já que a mudança para um sistema inteligente exige uma transformação cultural.

“Ainda há resistência, em grande parte causada pelo desconhecimento sobre o potencial real da tecnologia. As dúvidas mais comuns envolvem a aplicabilidade prática, os investimentos necessários e a privacidade dos dados. Por isso, é essencial respeitar as legislações de proteção de dados e garantir a integridade das informações”, completa o especialista.

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