Fonte: ACATE
O governador eleito Jorginho Mello inicia gestão com criação de pasta para coordenar todas as ações e iniciativas de inovação da nova gestão estadual
Destaque nacional em vários indicadores de desenvolvimento econômico baseado nos pilares da ciência, tecnologia e inovação, Santa Catarina irá ganhar dentro da nova gestão do Governo do Estado uma secretaria para gerir estes temas. O governador eleito Jorginho Mello (PL) anunciou, no dia 28 de dezembro, a criação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. A pasta, inédita na estrutura do governo catarinense, entrará na reforma administrativa a ser encaminhada no início do ano legislativo, e contará com o advogado Marcelo Fett, nome indicado pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), como secretário.
Até então, nas últimas gestões, as ações e iniciativas de temas ligados a no Governo do Estado ficavam atreladas a uma diretoria dentro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável. A elevação de status de secretaria de Estado foi bem avaliada pelas lideranças empresariais do setor. “Somos destaques nacionais em números como criação de novas empresas, sobretudo startups; geração de empregos; e atração de investimento privado para acelerar empresas. Neste cenário, a ACATE tomou como prioridade nos últimos anos a formação de talentos e o fortalecimento do setor por todas as regiões do estado. Com o conjunto de ativos construídos até aqui, temos as melhores expectativas com a inédita secretaria estadual”, destaca Iomani Engelmann, presidente da Associação.
Nome de consenso do setor
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação é o advogado Marcelo Fett. A confirmação do nome ocorreu durante reunião do governador com lideranças empresariais do setor, que representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense.
Fett é advogado e foi secretário de Desenvolvimento Econômico em São José e Palhoça, integrante de conselhos municipais de Inovação, Ciência e Tecnologia na Grande Florianópolis, além de ter experiências na iniciativa privada. A escolha atendeu a critérios técnicos, como amplo conhecimento do ecossistema de inovação e tecnologia em Santa Catarina, além de experiências com a gestão pública.
No encontro em Florianópolis, o governador eleito Jorginho Mello reforçou os compromissos que assumiu com o setor durante a campanha, com a criação da Secretaria, a nomeação do indicado pela ACATE e a valorização do ecossistema. “Muitas das dificuldades que enfrentamos podem ser resolvidas com tecnologia. Um Estado de vanguarda como o nosso precisa de um ecossistema de inovação cada vez mais atuante”, disse. Para o governador eleito, a educação, a qualificação profissional, a geração de emprego e renda e a desburocratização estatal terão reflexos com o incentivo ao setor.
Entre os outros itens prioritários da nova gestão estão a ampliação do repasse de recursos para o desenvolvimento do segmento, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapesc); a utilização do Centro de Informática e Automação do Estado (Ciasc) como ferramenta de inovação para o serviço público; a implantação de um programa de formação para profissionais de tecnologia; e a disponibilização de recursos de fomento para empresas de tecnologia via bancos públicos estaduais.
Valorizar ainda mais os ativos do setor
A ACATE espera da nova gestão a criação de novos mecanismos de fomento do setor e a continuidade daqueles que já contribuem na posição de destaque de Santa Catarina. Entre as prioridades estão a ampliação de programas de formação de talentos para o setor, de acordo com as principais demandas de profissionais por regiões do Estado. Institucionalmente é preciso fortalecer, segundo as lideranças empresariais, as instituições que fomentam os atores do ecossistema, como a FAPESC, o Badesc e o BRDE. O apoio do governo para a atração de investimentos externos, tanto federal, quanto internacional, é outra frente que o presidente da ACATE, Engelmann, evidencia.
Outra frente importante, segundo a entidade, é o fortalecimento e expansão da infraestrutura necessária para o ecossistema seguir crescendo por toda Santa Catarina, com a consolidação da rede de Centros de Inovação e a sequência do apoio do Governo ao trabalho que está sendo realizado no Sapiens Parque, como empresa de capital misto que tem o executivo como acionista principal. “Durante 20 anos o Sapiens sempre foi um ativo do Estado, mas que somente nos últimos anos, com a iniciativa privada liderando a gestão do empreendimento, ganhou relevância e é importante reforçar o Sapiens como modelo de excelência de gestão de parques para o estado e o país”, desta Engelmann.