Fonte: Campus Party
O encontro visa debater o uso da IA na sociedade civil, com plenárias programadas para os próximos três anos em diversas edições da Campus Party no Brasil
A 16ª edição da Campus Party Brasil, que acontece entre os dias 9 e 13 de julho no Expo Center Norte, em São Paulo, receberá o lançamento oficial do 1º Fórum do Marco Regulatório de Inteligência Artificial. O encontro, que terá sua abertura oficial na terça-feira, 9, durante a cerimônia de abertura da CPBR, tem como objetivo debater, de forma democrática, o uso da IA contando com a participação da sociedade civil. O Fórum é idealizado pelo Instituto Campus Party, em conjunto com o Instituto Cappra e o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio.
Os encontros serão realizados nos próximos três anos, em 10 estados diferentes e receberão renomados especialistas de diversos setores nacionais e internacionais, incluindo academia, indústria, governo, sociedade civil e organizações. Além dessa primeira edição, em São Paulo, este ano o Fórum acontecerá ainda em Pernambuco, Manaus, Tocantins e Goiás.
Segundo o presidente de honra do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, a realização do fórum é uma oportunidade para que a sociedade civil possa debater sobre a importância e as regras do uso da IA no cotidiano. “Escolhemos realizar o 1º Fórum do Marco Regulatório de Inteligência Artificial durante a Campus Party Brasil de forma estratégica, pois esse é um evento estruturado que tem o poder de construir uma base sólida e ética para o desenvolvimento dessa tecnologia que se tornou tão presente em nosso dia a dia. É nesse ambiente que vamos aproveitar a oportunidade para definir os rumos da IA e garantir que ela seja positiva para a sociedade”, complementa.
A agenda do Fórum do Marco Regulatório de Inteligência Artificial durante a Campus Party Brasil será dividida em: painéis temáticos, mesas-redondas, apresentações de pesquisas, sala do futuro e consulta pública. O Instituto Cappra vai liderar o workshop Sala do Futuro IA. Os conteúdos programados serão divididos em eixos temáticos direcionados à governança, mercado de trabalho, privacidade, educação, segurança, sustentabilidade e inovação.
“A Sala do Futuro da IA foi criada para apoiar um movimento mais democrático em relação às regras que irão nortear o futuro no Brasil. É um prazer ter participado da concepção e estar colaborando na realização por meio do Cappra Institute, junto da Campus Party e ITS Rio. Juntaremos debates públicos com representantes relevantes da sociedade, utilizando metodologia e tecnologia avançadas para criar um manifesto baseado em evidências. Este manifesto servirá de suporte para a inteligência artificial que desejamos para o Brasil”, contextualiza, Ricardo Cappra, fundador do Instituto Cappra.
Segundo Ronaldo Lemos, cientista-chefe do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio) e curador do 1º Fórum do Marco Regulatório de Inteligência Artificial, a Campus Party tem um papel fundamental em trazer temas de vanguarda com o objetivo de criar ações governamentais.
“A Campus Party sempre desempenhou um papel fundamental na construção de políticas públicas sobre tecnologia. Por exemplo, vários debates sobre o Marco Civil aconteceram nela. É muito bom que o debate sobre a regulação da inteligência artificial possa acontecer no evento. Esse debate precisa ser colaborativo e ouvir a maior quantidade possível de pessoas. E sem dúvidas a Campus Party e sua gigantesca comunidade pode ajudar nesse objetivo”, pontua.
Marco Regulatório dos Direitos civis da internet foi discutido na Campus Party
Entre os anos de 2010 e 2014, a Campus Party também foi palco das discussões sobre o Marco Regulatório dos Direitos Civis da Internet. Com as ações debatidas, o Brasil se tornou o primeiro país no mundo a ter uma regulamentação direcionada ao uso da internet, sendo uma referência para muitos países da Europa e América Latina.
“No início da década passada, trouxemos para dentro da Campus Party o debate sobre o Marco Regulatório dos Direitos Civis da Internet. Ele foi o primeiro passo para tornar o Brasil uma referência no tema. Agora, queremos fazer o mesmo com a regulamentação da Inteligência Artificial”, finaliza Farruggia.