Fonte: BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
O relatório destaca os esforços feitos por governos da América Latina e Caribe para administrar os riscos cibernéticos à sua infraestrutura crítica e expõe os desafios que ainda existem, particularmente para aumentar a confiança dos usuários nos serviços de comércio eletrônico
A Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançaram dia 28/07, o estudo conjunto “Cybersecurity: Risks, Progress, and the way forward in Latin America and the Caribbean ” (Cibersegurança: Riscos, avanços e o caminho a seguir na América Latina e no Caribe). Essa é a segunda edição de um relatório que avalia o estado da prontidão da segurança cibernética na região.
De acordo com o relatório, desde o último estudo, realizado em 2016, mais da metade dos países da região melhoraram sua atitude em relação à cibersegurança, desenvolvendo e implementando estratégias nacionais e/ou marcos jurídicos para responder melhor às ameaças cibernéticas emergentes, incluindo maior proteção aos dados pessoais dos cidadãos.
Mais trabalho ainda é necessário
No entanto, o relatório também revelou que novos esforços ainda são necessários para fortalecer a segurança cibernética na região. Mais de três quartos dos países observados nesse relatório não dispõem atualmente dos planos críticos de proteção da infraestrutura necessários para responder a ciberataques, um fato particularmente preocupante em um contexto de COVID-19. A maioria dos países da região também precisa de capacidades mais sistemáticas e eficientes para monitorar e responder a incidentes de cibersegurança, bem como de organizações centrais encarregadas da coordenação das atividades de cibersegurança.
Embora importantes mudanças nos financiamentos tenham sido detectadas, recursos governamentais ainda maiores deveriam ser destinados para ajudar a reduzir o impacto social e econômico de incidentes cibernéticos, que, apenas em 2019, custaram mais de US$ 90 bilhões.
Por fim, e talvez mais importante, o documento destaca a necessidade de uma cooperação mais ativa entre todas as partes envolvidas para aumentar sua prontidão de segurança cibernética, particularmente para lidar com algumas ameaças comuns como crime cibernético, invasões cibernéticas de redes críticas e operações cibernéticas com motivação política.
“A mensagem deste relatório é clara: a América Latina e o Caribe precisam fazer mais para melhorar sua situação de cibersegurança agora”, disse Ana María Rodriguez, Vice-Presidente de Setores do BID. “Os achados são cruciais para orientar os esforços dos governos na região, especialmente agora que a crise da COVID-19 acelera nossa dependência de plataformas digitais em nossa vida profissional e pessoal.”
Para Farah Diva Urrutia, Secretária de Segurança Multidimensional da OEA, “este relatório pode servir como um guia para os Estados Membros e para diversos atores que estão continuamente procurando maneiras de se adaptar às ameaças de cibersegurança emergentes que afetam nossa região. Embora ainda haja trabalho a ser feito, temos orgulho de estar apoiando o desenvolvimento dessas capacidades por meio de nosso Programa de Cibersegurança e continuaremos a promover a conscientização sobre esse problema, juntamente com parceiros importantes como o BID”.
O BID e a OEA apresentam este relatório conjunto como uma demonstração de seu compromisso contínuo de apoiar os países das Américas em seus esforços para fortalecer a segurança cibernética.
A segunda edição do relatório sobre Cibersegurança está disponível aqui .