Fonte: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)

Objetivo é conhecer a opinião dos diversos atores ligados ao setor, que deverá crescer 2,5 vezes mais rápido que a economia tradicional no mundo

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançou, nesta terça-feira (11), uma Consulta Pública sobre Economia Digital. O objetivo é identificar junto aos diversos atores públicos e privados – empreendedores, instituições, acadêmicos e centros de pesquisa – desafios e oportunidades para transformar o setor produtivo do país.

Disponível até o dia 19 de julho de 2019, o questionário é composto por sete pilares principais: Infraestrutura; Capital Humano; Privacidade e Segurança Cibernética; Financiamento e Tributação; Regulação e Institucionalidade; Tecnologia; e Cultura Organizacional.

“Queremos identificar os gargalos que impedem a digitalização da economia e, a partir dessa discussão, propormos políticas públicas voltadas para a transformação digital do país”, adianta o coordenador de Economia Digital da ABDI, Rodrigo Rodrigues.

Nos últimos meses, a Agência tem debatido como fomentar a digitalização da economia brasileira e qual o papel dos atores públicos e privados nessa jornada. Foram realizadas reuniões de trabalho e workshops internos e externos, com a participação de cerca de 50 instituições. “Após a identificação dos problemas, chegou a hora de entender quais são as potenciais soluções que melhor se apresentam para o Brasil avançar na transformação digital da sua economia”, acrescenta Rodrigues.

Por dentro da Economia Digital

Internet das Coisas (IoT), computação em nuvem, inteligência artificial, big data e outras tecnologias são usadas para coletar, armazenar, analisar e compartilhar informações digitalmente e transformar as interações sociais, além de permitir que as atividades econômicas sejam mais flexíveis, ágeis e inteligentes. Esse é o cenário da Economia Digital, também chamada de Economia da Internet, Nova Economia ou Economia da Web.

A Economia Digital trata do uso intensivo de Tecnologias de Informação e Comunicações (TICS), incluindo novas formas de funcionamento e de interação entre indivíduos, empresas e Estado. Dados, informações e conhecimento são fatores chave de produção, contribuindo para o aumento da produtividade, a redução de custos, a mudança de processos e a criação de novos modelos de negócios e empregos.

O documento Estratégia Brasileira para a Transformação Digital, elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), menciona o estudo “Digital Disruption: The Growth Multiplier“, da Accenture, que aponta que a economia digital representava em torno de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2016, podendo chegar a 25,1% do PIB em 2021.

O levantamento aponta ainda que uma estratégia digital otimizada pode trazer 5,7% de acréscimo (equivalente a US$ 115 bilhões) ao PIB estimado para determinado ano. Um estudo da Oxford Economics indica que, nos próximos anos, a economia digital global deverá crescer em um ritmo 2,5 vezes superior ao crescimento da economia mundial. Ou seja, essa economia digital global deve representar um montante de US$ 23 trilhões de dólares em 2025.

Para o Fórum Econômico Mundial e G20, a economia digital compreende uma ampla gama de atividades econômicas que incluem o uso de informações e conhecimento digitalizados como o principal fator de produção, redes de informações modernas como um importante espaço de atividades e o uso eficaz das TICS como um importante impulsionador da produtividade, crescimento e otimização estrutural econômica. “Uma economia digital é mais do que promover a adoção de novas tecnologias pelas empresas ou por pessoas ou Estado, é garantir que o ‘digital’ promova o bem estar da sociedade”, resume Rodrigues, em recente estudo da Agenda de Trabalho da Coordenação de Economia Digital da ABDI.

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