Fonte: ONU

Todos os 193 Estados-membros das Nações Unidas aprovaram texto proposto pelos Estados Unidos, com copatrocínio de 123 países; representante norte-americana destacou a resolução como passo importante para que a IA não seja usada para prejudicar a paz ou reprimir direitos humanos

A Assembleia Geral da ONU aprovou por consenso de todos os seus 193 membros uma resolução sobre a governança da Inteligência Artificial, com o objetivo de assegurar que a tecnologia crie um mundo mais seguro e equitativo.

O texto foi proposto pelos Estados Unidos e contou com 123 países patrocinadores, de diversos níveis de desenvolvimento.

 Unsplash/Mika Baumeister As Nações Unidas estão a apoiar os Estados-Membros na elaboração de uma convenção internacional sobre a luta contra a utilização das tecnologias de informação e comunicação para fins criminosos

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As Nações Unidas estão a apoiar os Estados-Membros na elaboração de uma convenção internacional sobre a luta contra a utilização das tecnologias de informação e comunicação para fins criminosos

“Uma única voz”

Em conversa com jornalistas, a representante permanente dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a decisão representa a “escolha de governar a inteligência artificial ao invés de deixá-la nos governar”.

Ela ressaltou que a aprovação unânime significa que todos os membros das Nações Unidas falaram “em uma única voz”. A embaixadora ressaltou a importância de sistemas de inteligência artificial seguros e confiáveis para “avançar o desenvolvimento sustentável e o respeito às liberdades fundamentais”.

Segundo Linda Thomas-Greenfield, a resolução reconhece que os riscos e benefícios da IA tem o potencial de afetar a todos e por isso estabelece responsabilidade compartilhadas na criação de bases para que os sistemas de IA “não deixem ninguém para trás”.

A resolução afirma que é preciso fechar a lacuna digital entre e dentro dos países para que todos se beneficiem da nova tecnologia. Além disso, o texto ressalta que ninguém deve usar a IA para prejudicar a paz ou reprimir direitos humanos.

A representante dos Estados Unidos defendeu que a ONU desempenhe um papel na governança da IA por ser um tema “existencial”. Ela afirmou ainda que considera que a tecnologia traz um número enorme de ameaças, mas um número ainda maior de oportunidades, incluindo para detecção de doenças e previsão de desastres naturais. O texto aprovado tem como meta ampliar estes benefícios e criar outros.

Baixe a resolução aqui.

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