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Fonte: Distrito

De acordo com Distrito HR Tech Report, país conta com 373 empresas do segmento, a maioria delas, 85,2%, criadas há menos de 10 anos

A área de Recursos Humanos (RH) tem se tornado um eixo cada vez mais estratégico dentro de uma corporação. A relação entre empresas e funcionários tem se transformado, seja na forma de trabalho, na oferta e aquisição de novas habilidades ou mesmo no modo em que se dão as avaliações de performance.  O emprego, por si só, já não garante os melhores quadros. Às companhias, cabe a necessidade, cada vez maior, de garantir a seus colaboradores gestão, eficiência e qualidade de vida. Neste contexto, ganham espaço startups que auxiliam as grandes empresas nestes desafios e é para este cenário que se volta o Distrito HR Tech Report, estudo elaborado pela empresa de inovação Distrito.

De acordo com o levantamento, o Brasil conta hoje com 373 startups voltadas para a área de recursos humanos. Do total, 85,2% surgiram há menos de 10 anos. As empresas dividem-se em seis grandes segmentos: Desenvolvimento e Gerenciamento de Talentos (42,9%), formado por empresas que colaboram para aprimorar talentos dentro da companhia, promovendo resultados e bem estar; Recrutamento e Seleção (28,2%)categoria com foco no mapeamentos, seleção e análise de habilidades e perfis de candidatos; HR Core (25,5%), com soluções que colaboram na administração de RH, como folha de ponto, admissão, pagamentos e benefícios; Office Services (1,9%), startups que ajudam na instalação física das empresas voltadas à pessoas, buscando melhor usabilidade do espaço coletivo; HRMS (1,3%), formado por empresas que oferecem softwares com diversos sistemas e processos de gerenciamento de RH e, por fim, Offboarding (0,3%), com soluções para o desligamento de funcionários e comunidade de ex-colaboradores.

 “As HR Techs vêm acelerando as transformações no departamento de empresas, tomando como fim a preparação, o cuidado e a gestão dos times de uma companhia como diferenciais competitivos”, pontua Tiago Ávila, líder do Distrito Dataminer, braço do Distrito responsável pela elaboração de estudos do universo de startups. “Ainda assim, é importante dizer que esse ecossistema ainda é incipiente aqui no Brasil e existem enormes horizontes a serem explorados, principalmente quando entendemos que a relação entre empresa e colaboradores deve ser revolucionada a partir do que vivenciamos com a COVID-19”, completa. 

 Onde estão?

A região Sudeste é a que mais concentra startups do setor, com mais de 73,3% delas; seguido pelo Sul, que detém 20,1%. O Centro-Oeste representa 3,2%; o Nordeste, 2,1% e o Norte apenas 0,8%. São Paulo é o Estado com maior densidade, com 54,2% das empresas. Na sequência estão os estados de Minas Gerais com 11,3% e Santa Catarina com 7,8%.

  Tamanho 

As startups de RH empregam mais de 11 mil pessoas no país. O segmento de Desenvolvimento e Gerenciamento de Talentos é que mais emprega, com um total de 4.616 funcionários. A área de Recrutamento e Seleção vem logo em seguida, com 3.428 empregados e o segmento de HR CORE apresenta a totalidade de 3.101 funcionários. Juntas, as três áreas dominam quase o total da oferta de vagas do setor.

 Público-alvo 

A maioria das startups de recursos humanos mira outras empresas: 67,8% delas são B2B (Business to Business) e somente 6,7% são B2C (Business to Consurmer). Do total, 25,5% trabalham com os dois públicos.  

 Perfil dos sócios 

Tal como ocorre em outros segmentos, a presença de mulheres entre os sócios das startups de RH ainda é bastante desequilibrada: apenas 21,1% são mulheres.  Na média, uma startup do setor possui entre 2 e 3 sócios, nascidos majoritariamente no Estado de São Paulo (50,5%) e com idade entre 31 e 40 anos.  

 Investimentos

Desde 2014, US$ 473 milhões foram investidos em startups de RH no Brasil. Foram mais de 90 rodadas de investimentos. Ao todo, as empresas concentram 11,6% do capital investido em startups em 2019. O pico de investimentos foi justamente no ano passado, influenciado pelo alto número de delas e a rodada milionária que transformou a Gympass no mais novo unicórnio brasileiro.

 Destaques e promessas

De acordo com o estudo, o top 10 das startups do setor, sem ordem definida, é composta pelas seguintes empresas: 99 Jobs, Vagas, Kenoby, Catho, Gupy, Revelo, Xerpa, Ahgora, Sólides e Gympass. Entre os critérios utilizados para a escolha destacam-se investimentos captados e visibilidade nas redes sociais. 80% dessas startups estão sediadas em São Paulo, 10% em Minas Gerais e 10% em Santa Catarina.

 O levantamento também indicou as dez startups do setor para ficar de olho nos próximos anos. Na lista figuram as seguintes empresas: Connekt, Pontomais, Flash, Beedoo, Zenklub, Qulture Rocks, Levee, Convenia, Matchbox e Gama Academy.

O estudo traz ainda um panorama do ecossistema, cenário internacional, cases de sucesso e os principais investidores de venture capital do setor, além de listar as tendências para o setor nos próximos anos. 

 Confira o estudo na íntegra: https://docsend.com/view/rpn3frxz2yjd3dtg

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