A inclusão social de pessoas que perderam a visão pode ser realizada com o auxílio de cães-guias, que passam por processo seletivo e treinamento especiais. Estas etapas ajudam a selecionar os cachorros que possuem o temperamento e as condições físicas mais adequadas à função. Tornar este processo mais ágil e preciso, além de menos desgastante, caro e demorado, estão entre as metas de todos os envolvidos com a preparação destes animais. Mas, como fazer isso?

Sintonizada com estas necessidades, a IBM se uniu à Guiding Eyes for the Blind (organização sem fins lucrativos que treina animais para serem cães-guias) e à Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Juntas, elas viabilizaram a criação do Smart Collar, uma coleira que pode monitorar os aspectos físicos e as características da personalidade dos cachorros ainda filhotes.

O ponto de partida foi a representativa quantidade de dados em poder da ONG, mas que nunca tinham sido avaliados, que permitiria descobrir quais as características dos animais que se transformaram em cães-guias e daqueles que não conseguira desempenhar a função. Entrou em cena, a inteligência artificial Watson, da IBM, que analisou milhões de informações e identificou padrões de comportamento dos cachorros e as condições físicas ideais apresentadas pelos animais calmos, resilientes, focados e que conseguem apoiar seus donos, mesmo em situações de estresse.

A partir dos dados analisados pela inteligência artificial, foi desenvolvido o Smart Collar, uma espécie de coleira com sensores, que monitoram as reações dos cães selecionados para treinamento. Os dados coletados pela coleira são comparados com os padrões de comportamento esperados e permitem identificar aqueles filhotes que têm mais potencial de se tornarem cães-guias quando adultos. Desta forma, a triagem dos animais começa logo cedo e de forma muito mais assertiva, facilitando o belo trabalho dos treinadores de cães-guia.

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