Fonte: Incentiv.me

O ecossistema de startups é formado por diferentes perfis de negócios e um segmento que tem conquistado mais visibilidade é o de empresas de impacto social, que têm como propósito resolver problemas sociais, como é o caso da Incentiv.me, associada da ABES, que conecta projetos sociais que desejam captar recursos com companhias e pessoas físicas interessadas em investir seus impostos por meio de leis de incentivo fiscal.

Electrolux, Nubank, SulAmérica, IN – Inteligência de Negócios, Grupo Potencial estão entre as mais de 100 empresas que impulsionam empreendimentos sociais por meio da Incentiv.me. Para falar sobre a evolução da startup no mercado e seus diferenciais, o portal da ABES entrevistou seu CEO, Douglas Lopes.

– Como surgiu a ideia de criar a Incentiv.me? Teve alguma necessidade de pivotar desde que os fundadores começaram o projeto?

Começamos criando e realizando projetos sociais. Durante esse processo, identificamos que o ecossistema estava desconexo. Muitas empresas com potencial inexplorado no uso das leis de incentivo, ao mesmo tempo que muitos projetos incríveis morriam no papel (60%). Assim, mudamos o foco, ou seja, pivotamos. Hoje, somos uma TaxTech e, em linhas gerais, quer dizer uma que somos uma startup que faz uso tecnologia para inovação tributária. Nos associamos à ABES, pois desenvolvemos tecnologias sociais, oferecendo softwares que resolvem problemas sociais reais.

– O que é uma TaxTech?

São startups que oferecem soluções tecnológicas para o setor tributário, que envolvem o pagamento de impostos, taxas, encargos e tarifas para o poder público. É importante destacar que somos uma startup que desempenha um papel importante de fortalecer a transparência e o controle social, trazendo mais eficiência em todo o processo de recolhimento, aplicação dos recursos e prestação de contas. A Incentiv.me está focada especificamente nas leis de incentivo aos projetos socais de diferentes verticais, como esportes, cultura e saúde.

– A startup já recebeu algum aporte de capital desde o seu lançamento ou apoio de aceleradora/incubadora/fundos?

Sim. Em 2018, levantamos a nossa primeira rodada de R$ 1,4 milhão, liderada pela Harvard Angels, com coinvestimento da Anjos do Brasil e da Insper Angels.  No início de 2019, participamos do Programa de Inovação Aberta da Braskem Labs e, em 2020, ganhamos o Prêmio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC).

– Quantos projetos culturais a incentiv.me conseguiu apoiar até o momento? Pode citar alguns?

Até o momento, viabilizamos 379 projetos em diversas verticais importantes. Na área da saúde, o Hospital Pequeno Príncipe e o HCP – Hospital de Câncer de Pernambuco. No esporte, o Instituto Guga Kuerten e o Instituto de Pesquisas e Projetos Empreendedores (IPPE). Na cultura, a OSESP e a Orquestra da Maré no RJ, além do Instituto de Oportunidade Social e Vocação na área de formação de jovens para tecnologia. Também captamos recursos para diversas APAEs, que trabalham pela inclusão, além de asilos, escolas e creches em todo país.

–  A Incentiv.me só atua em São Paulo ou em outras localidades também?

Temos bases em Florianópolis (SC) e em São Paulo (SP), mas atuamos em nível nacional. Temos times presentes em 12 estados e 35 cidades. Temos orgulho de atender projetos e empresas em todo Brasil.

– Quais são os principais objetivos de mercado e os desafios a serem superados?

Nossa meta é movimentar R$1 bilhão de reais para projetos sociais até 2024 e temos grandes desafios, relacionados à tecnologia, processos e gestão de pessoas. Recentemente, lançamos a solução Monitore, no modelo SaaS, que facilita a gestão desses projetos pelos investidores e promove transparência, governança, prestação de contas e insights sobre os resultados do portfólio.

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