Final do Hack In Sampa: apresentação das ferramentas de combate à corrupção acontece na próxima terça (15/08)

Hack In Sampa

Quando a administração pública compra um produto ou serviço é muito difícil para o cidadão comum saber se o Executivo pagou o preço justo ou se houve superfaturamento ou desvio de recurso público. Para prevenir a corrupção e o desperdício do dinheiro e melhorar o acesso aos dados públicos é que surgiu o Hack In Sampa, competição entre grupos de hackers organizada pela empresa Horizon Four e Incubadora de Projetos Sociais Cidade viva, iniciativa do vereador Police Neto.

Os quatro grupos finalistas da competição apresentam suas ferramentas tecnológicas de combate à corrupção na próxima terça-feira, dia 15 de agosto, às 19 horas, no auditório da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). O evento tem patrocínio da Fecomércio e Banco Itaú e apoio da IBM e da Controladoria-Geral do Município. As três equipes vencedoras receberão prêmios em dinheiro.

A primeira etapa do Hack In Sampa foi realizada nos dias 3 e 4 de junho deste ano. Onze equipes de hackers – cerca de 50 pessoas – competiram entre si e passaram 36 horas no plenário da Câmara Municipal de São Paulo desenvolvendo projetos de combate à corrupção utilizando dados públicos. Nos mesmos moldes do Campus Party, o plenário se transformou em um acampamento com direito a barracas, pizza de madrugada e muito trabalho.

O júri da primeira etapa do Hack In Sampa contou com a participação do presidente da Hyundai do Brasil, Victor Park, de Cláudio Bessa, representante da IBM, Alecsandro de Souza, da FecomércioSP, e de Rodrigo Quinalha, da Kick Ventures.

Conheça os projetos finalistas:

Luppa
Projeto: A ferramenta compara preços de compras praticadas dentro dos governos com os valores cobrados pelo mercado. O objetivo é fiscalizar os gastos públicos. Caso haja alguma suspeita, o cidadão pode criar uma petição pública pedindo explicações sobre os gastos.
Integrantes: Igor Luiz, Araan Branco, Austin Felipe, Mateus Catossi e Magno Rocha.

Specula
Projeto: O grupo criou o supeitando.com.br, ferramenta de comparação de preços entre secretarias, com o objetivo de evitar o desperdício do dinheiro público ou eventual superfaturamento e outras práticas ilícitas. Contratos onde o valor é 20% acima de outros contratos que tenham, no mínimo, 95% de similaridade são considerados suspeitos e podem servir de referência para que sejam investigados pela sociedade. E a definição de “similaridade” foi feita através de um modelo de inteligência artificial que identifica similaridade semântica na descrição do Objeto do contrato e do valor médio por dia baseado no período de vigência do contrato. Todos os valores comparados em datas diferentes foram ajustados considerando um taxa de inflação de 15% ao ano.
Integrantes: Kevin Dantas Shih, Wendel Nascimento, Patrick Ens, Pedro Lelis e Rafael Pettersen.

Quebrando Barreiras
Projeto: Desenvolver análises de fácil entendimento para que qualquer pessoa tenha conhecimento sobre os gastos públicos. O primeiro exemplo foi uma comparação de gastos entre vereadores da Câmara Municipal de São Paulo.
Integrantes: Nilton Kazuyuki Ueda, Fernando Hungaro, Tatiane Silva e Bruno Lemos.

Sheeps Innovation
Projeto: Criar uma plataforma que identifique gastos suspeitos tanto na administração pública como no legislativo.
Integrantes: Gustavo Murayama, Lucas Tornai, Ludmila Vilaverde, Carlos Torres e João Farret.

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