#BRPaisDigitalvsCovid

Por Paulo José Spaccaquerche (Paulo Spacca)*

Paulo Spacca: “Os sensores serão essenciais em nossa nova vida, garantindo também que atividades sociais possam ser realizadas sem grandes aglomerações, ao menos até que se tenha uma vacina contra o novo coronavírus. A solução através de um sistema integrado capaz de oferecer um diagnóstico preditivo torna a resposta mais rápida, evita o fechamento temporário de empresas e preserva a força de trabalho”

A pandemia do novo coronavírus tem causado incertezas em todo o mundo. As principais economias do mundo ainda tentam retomar as atividades comerciais após um longo período de paralisação em todos os serviços “não essenciais”. O impacto na economia mundial ainda não está definido e muitas empresas amargam com a queda na receita. Ainda que muito devastadora, a pandemia abriu um leque de oportunidades para empreendedores, especialmente para as inovações com foco na sustentabilidade.

Para o retorno seguro das atividades de trabalho diversas empresas, especializadas no desenvolvimento de soluções com base na internet das coisas (IoT), estão apresentando sensores para o monitoramento das atividades humanas no pós-covid-19, o que foi estabelecido como o “novo normal”. Câmeras de segurança estão sendo usadas para o monitoramento da temperatura corporal, e pulseiras inteligentes com sensores que geram alerta de proximidade devem garantir o retorno seguro dos trabalhadores às fábricas e escritórios.

Os sensores serão essenciais em nossa nova vida, garantindo também que atividades sociais possam ser realizadas sem grandes aglomerações, ao menos até que se tenha uma vacina contra o novo coronavírus. A solução através de um sistema integrado capaz de oferecer um diagnóstico preditivo torna a resposta mais rápida, evita o fechamento temporário de empresas e preserva a força de trabalho. Ou seja, profissionais poderão realizar seus trabalhos com eficiência enquanto os órgãos de saúde enfrentam a Covid-19 ou outro surto viral que possa surgir no futuro.

Sim, a possibilidade de outro surto viral está no radar das autoridades médicas em todo mundo. A suspeita não leva em consideração teorias conspiratórias, mas no fato de nossa sociedade produzir ambientes favoráveis para a evolução destes vírus, como ocorreu com o ebola em 2013, gripe suína em 2009, gripe espanhola 1918 e tantas outras pandemias que assolaram a sociedade.

Se a questão é quando, devemos estar preparados para que a sociedade não seja tão impactada como está ocorrendo neste momento. A IoT aplicada com o uso de inteligência artificial poderá muito em breve fazer diagnósticos prévios, de maneira rápida sem a necessidade de aguardar horas por um exame. Para prevenir que aqueles que estão infectados ou sob suspeita de terem contraído o vírus, o uso de sensores no monitoramento da quarentena dos sintomáticos, garantirá que a doença não se espalhe.

Inúmeros desafios se colocarão à frente de nossa sociedade. Esperamos que os próximos sejam menos nocivos para a vida e nos permita evoluir cada vez mais, tecnologicamente e socialmente.

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* Presidente da ABINC

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