A tendência de crescimento da população global e do consumo de recursos tem acendido o sinal amarelo para a necessidade de ampliar a preocupação global com o meio ambiente. Governos, empresas e cidadãos estão cada vez mais discutindo o atual modelo de desenvolvimento e os problemas, como a escassez de recursos, o avanço nos índices de poluição e a necessidade de uma gestão consciente dos resíduos. Nessa batalha, os dados têm provado que são fundamentais.
Hoje, a disponibilidade de recursos naturais avança no sentido oposto ao do crescimento do consumo. Se não forem geridos de maneira responsável, as próximas gerações podem sofrer sérios problemas de falta de água, de energia e de matérias-primas essenciais. Por meio do uso de sensores e de algoritmos analíticos, as indústrias podem reduzir e otimizar a utilização destes recursos.
Em busca de um uso racional da energia elétrica na iluminação pública, por exemplo, sensores podem monitorar as vias públicas em tempo real e reduzir o nível de iluminação, caso a rua não tenha automóveis nem pessoas circulando. Empresas e governos também estão coletando e analisando dados para melhorar a eficiência da rede de distribuição de energia e evitar perdas. Consumidores também dispõem de medidores de energia inteligentes para monitorar os pontos e horários de maior consumo a fim de otimizar o uso.
Na busca por maior economia de água, existem sensores que monitoram a condição das plantas e dos solos das áreas de parques, jardins e plantações para, com o auxílio de irrigadores inteligentes, dispersar água, considerando-se a necessidade de cada área. Esses sistemas trabalham conjuntamente com dados pluviométricos e climáticos, de modo a também prever a disponibilidade futura de água para as áreas monitoradas. Assim, com o auxílio dos dados, é possível garantir o máximo de eficiência na gestão dos recursos hídricos.
Temos também esforços que utilizam dados no combate à poluição. Cidades já dispõem de sistemas baseados em sensores e dados coletados por satélites para monitorar a qualidade do ar e reduzir a emissão de CO2 nas zonas de maior índice de poluição. Com o auxílio de sensores nas plantações, produtores agrícolas diminuem substancialmente a quantidade de agrotóxicos, que passam a ser aplicados apenas nas áreas onde as pragas foram identificadas, reduzindo a dispersão nos solos e lençóis freáticos.