Fonte: Sebrae
Na área do agro, pequeno negócio se destacou no cenário nacional
Fundada em 2019, a Agroflux, startup de Campo Mourão, criou um produto que ajuda o agricultor a identificar problemas na pulverização em plantações. O Fluxin é um equipamento que agrega tecnologia na verificação das ponteiras das máquinas pulverizadoras, automatizando o trabalho manual e aumentando em 84% a velocidade de verificação.
O negócio começou com valores investidos pelos sócios e passou por uma releitura com apoio do Sebraetec, em 2021, programa para as empresas aplicarem inovação de forma subsidiada. “Nosso objetivo foi conseguir escala na produção. Utilizamos o recurso do Sebraetec para agregar tecnologia”, diz um dos fundadores da empresa, Guilherme Castro Diniz.
Com a solução renovada, a startup dobrou o faturamento. Mas diante da necessidade de buscar conhecimento para crescer na velocidade considerada ideal, buscou apoio junto ao Agente Local de Inovação (ALI) – programa do Sebrae que visa à melhoria da produtividade dos pequenos negócios.
“Com o ALI, surgiu a oportunidade de participar do Capital Empreendedor. Abraçamos o programa, passamos por mentorias, fomos selecionados para a etapa nacional e fomos a São Paulo este ano conhecer potenciais investidores. O Capital Empreendedor ajudou a acelerar nosso processo de maturidade”, conta Diniz.
A partir do networking construído em São Paulo, a startup, hoje avaliada em R$ 28 milhões, fechou parceria com um crowdfunding (financiamento coletivo) para captar até R$ 2,5 milhões em investimentos – a meta mínima já foi atingida em 90%, o que equivale a R$ 1,5 milhão. O recurso será aplicado principalmente para ampliar a equipe de vendas.
Segundo o consultor do Sebrae Paraná, Gabriel Roscoz Rezende, o ecossistema de inovação de Campo Mourão oferece suporte para o surgimento e desenvolvimento de startups. Atualmente, o município conta com 66 negócios neste segmento, conforme Mapeamento das Startups Paranaenses 2021/2022, do Sebrae Paraná.
“Soluções do Sebrae ajudaram a impulsionar a Agroflux, mas o ecossistema tem ganhado robustez com novos atores. De alguns anos para cá, ganhamos habitats de inovação, hoje são sete, e temos visto o comprometimento de diversas instituições”, observa Rezende.
Diretora executiva do Calvary Impact Hub e coordenadora da Câmara Temática de Indústria, Tecnologia e Inovação, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão (Codecam), Thays Perassoli Boiko diz que o surgimento de habitats de inovação e o apoio da sociedade civil organizada tem ajudado o ecossistema a alcançar maturidade, o que contribui para que mais startups se tornem casos de sucesso.
“Estamos sempre trabalhando de forma conjunta e orgânica para ativar parcerias, com o objetivo de proporcionar um ambiente favorável a startups”, pontua.