Fonte: MCTIC

Iniciativa vai aliar esforços das pastas e criar um plano que alie a implantação de cidades inteligentes às políticas de desenvolvimento regional e urbano

Acordo foi assinado pelos ministros Marcos Pontes, do MCTIC, e Gustavo Canuto, do MDR

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) assinaram no dia 5 de dezembro, em Brasília, um acordo de cooperação técnica para Cidades Inteligentes. O trabalho conjunto das pastas será focado em definir conceitos e estratégias para formulação e implantação do Programa Brasileiro de Cidades Inteligentes Sustentáveis.

A iniciativa alia esforços dos ministérios para que a implantação das cidades inteligentes no país esteja alinhada às políticas de desenvolvimento regional e urbano. Pelo MCTIC, está em desenvolvimento pelo CTI Renato Archer e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) um sistema que avaliará o nível de maturidade das cidades inteligentes em todo o Brasil. Baseado em critérios definidos pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), a ideia é ter um modelo padronizado para o país.

No MDR, está em curso o desenvolvimento da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, que desde agosto promove oficinas com diversos atores com o intuito de apoiar cidades do país na implementação de soluções que melhorem o ambiente urbano e a qualidade de vida da população. O objetivo é ter uma visão sobre cidades inteligentes no contexto nacional e uma orientação comum para políticas públicas e investimentos.

Para o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, a cooperação dos ministérios ajuda a combater problemas sistêmicos do país. “A escolha técnica dos ministros do governo nos permite trabalhar grandes problemas do país com a junção dos ministérios. Nós temos um país maravilhoso, mas com desafios muito grandes, que um ministério não consegue sozinho. Nós precisamos da junção dessas pastas porque esses desafios exigem vários conhecimentos trabalhando em conjunto”, disse.

Para o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, a inovação é um dos caminhos para combater desigualdades do Brasil. “Essa parceria é muito bem vinda. Uma de nossas apostas é a inovação. Aumentar a produtividade, melhorar a qualidade de vida, reduzir desigualdades é essencial, e a inovação é o que permite que isso aconteça. A inovação só vem com ciência e tecnologia. Nós temos que plantar para um dia colher”, afirmou.

Câmara Brasileira de Cidades 4.0

Os ministérios também lançaram a Câmara Brasileira de Cidades 4.0, que faz parte do Plano Nacional de Internet das Coisas. O objetivo é reunir governos, academia, indústria, setor privado e entidades representativas para debater as melhores tecnologias para atender as cidades e aplicações inteligentes em diferentes áreas.

A Câmara será regulamentada por meio de decreto, que vai definir os participantes, governança, assim como a metodologia de avaliação do nível de maturidade das cidades inteligentes. De acordo com a definição da UIT, uma cidade inteligente sustentável utiliza as tecnologias e outros meios para melhorar a qualidade de vida, a eficiência dos serviços urbanos e a produtividade sustentável, garantindo o atendimento das necessidades das gerações atuais e futuras em relação aos aspectos econômicos, ambientais e socioculturais.

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