Fonte: BSA
Por Antonio Eduardo Mendes da Silva (Pitanga)*
Soluções de Inteligência Artificial prometem aumentar nossa qualidade de vida e nos ajudar a resolver problemas que, até então, pareciam insolúveis. Essas promessas já estão virando realidade. A tecnologia está levando a melhorias em áreas como saúde e educação e tem aumentado a produtividade e a competitividade dos negócios em geral, estendendo seu alcance para todos os setores. Pense em como ficou mais fácil fazer as suas transações bancárias por meio do app no seu celular ou como você desvia do trânsito e economiza tempo por meio do Waze.
Para que essa transformação continue acontecendo e simplificando nossas ações, é preciso construir confiança em sistemas de IA. Os usuários precisam entender como eles funcionam e confiar neles, desmistificando a imagem de robôs dominando a terra que a ficção científica gravou em nossos cérebros.
Empresas que oferecem serviços baseados na tecnologia devem apresentar as informações necessárias para que seus clientes entendam como eles funcionam e como os dados são coletados e usados para que esse relacionamento entre usuários e inteligência artificial seja mais harmonioso.
O desenvolvimento da inteligência artificial também depende de políticas públicas que permitam a livre circulação de dados entre fronteiras e o acesso a informações do governo. Aqui no Brasil, por exemplo, esses requisitos são garantidos pela Lei da Transparência e pela Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que foi aprovada no ano passado e elevou a posição do Brasil como player do mercado internacional de inovação.
Também estamos trabalhando de maneira diferente por conta do crescimento tecnológico. Dados recentes da empresa de recrutamento e seleção Manpower Group indicam que 65% dos empregos da geração Z (nascidos no final da década de 1990) ainda nem existem! Isso vale para basicamente todos os setores da economia e vai demandar o desenvolvimento de um novo conjunto de habilidades por parte dos profissionais. Por isso, os setores públicos e privados, assim como a academia devem pensar em políticas que preparem as próximas gerações para empregos do futuro e permitam que a atual força de trabalho faça uma transição tranquila para esta nova realidade.
Nem tudo é perfeito. Novas tecnologias também trazem novos riscos. Não é diferente com a inteligência artificial, que pode abrir caminho para ameaças de cibersegurança e de quebra de privacidade. Políticas públicas precisam endossar medidas de segurança rígidas, ao mesmo tempo que incentivem escolhas conscientes dos consumidores, estimulando que empresas ofereçam produtos e serviços cada vez mais customizados.
Finalmente, o investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico também é parada obrigatória para a continuidade do avanço da inteligência artificial e do crescimento econômico acarretado por ela. Esses esforços devem incluir investimentos públicos de longo prazo que serão a semente para as tecnologias do futuro.
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*Antônio Eduardo Mendes da Silva, conhecido como Pitanga, country manager da BSA no Brasil