Fonte: Empreendedor Legal
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Com pouco investimento, elas podem poupar o empresário de danos financeiros e de muita dor de cabeça
Recentes ataques globais de hackers têm afetado centenas de países em todo o mundo e acendem a discussão sobre a importância de se proteger as informações das empresas na esfera digital.
Para ficar tranquilo neste universo de dados sigilosos e importantes, a cybersecurity precisa fazer parte do dia a dia dos negócios e pode ser alcançada através da comunicação com colaboradores, da escolha de parceiros e fornecedores éticos e com a implantação de uma boa gestão de ativos, o que vai desde compra de um computador até a aquisição e licença de uso de softwares originais.
Informação é o bem mais precioso
Segundo um relatório global do McAfee Labs, uma das maiores fontes de pesquisa e liderança em ideias sobre segurança digital no planeta, o primeiro trimestre de 2017 foi uma temporada e tanto no mundo cibernético. As proteções do McAfee GTI contra URLs maliciosos passaram de 57 milhões para 66 milhões por dia nesse período, o que demonstra que a quantidade de ameaças aumentou.
Marcus Almeida, gerente de Inside Sales & SMB da McAfee, explica que o empreendedor ou pequeno empresário, muitas vezes, não conhece o real valor das informações que tem e por isso acha que não deve se preocupar com a segurança. “É um erro acreditar que os ataques cibernéticos são preocupações de grandes corporações ou que as soluções de segurança são caras demais para os pequenos negócios”.
Segurança é feita de tecnologia, pessoas e processos
Segundo Almeida, os empresários podem adequar soluções de segurança ao tamanho de cada negócio, começando com um bom antivírus e filtro de web, além de uma cópia de segurança atualizada para restaurar os dados, caso seja vítima de ransomware, um tipo de vírus que sequestra o computador da vítima e cobra um valor em dinheiro pelo resgate.
O especialista também ressalta que a segurança não pode depender só de tecnologia, mas do tripé formado por ela, por pessoas e processos. “Não adianta ter uma boa solução de segurança e manter um comportamento de risco como navegar em sites suspeitos, baixar conteúdo pirata ou clicar em links suspeitos recebidos por e-mail”, ressalta.
Passos simples para você começar agora!
Francisco Camargo, presidente da ABES, associação que representa mais de 1.500 empresas de Tecnologia da Informação, explica que priorizar o uso do software original em toda a cadeia de valor é o primeiro passo para ter mais segurança com os dados da empresa, já que programas piratas são a porta de entrada para vírus que roubam as informações, causando prejuízo e muita dor de cabeça para o empresário.
Camargo cita 5 dicas que todo usuário pode aplicar para se proteger no mundo cibernético:
1. Faça um backup
Faça isso diariamente com seus dados, fotos, documentos. Existem serviços baratos e até gratuitos para se fazer isso na nuvem.
1. Seja prudente
Desconfie de sites e e-mails que tentam influenciar o seu medo, a sua ganância. Nunca abra anexos ou clique em links sem verificar a procedência. O seu banco nunca vai enviar um e-mail exigindo que você atualize os dados em 24 horas, nem vai enviar um contrato para ser assinado.
2. Atualize o seu software
Fabricantes investem muito tempo e dinheiro identificando vulnerabilidades e soltam periodicamente Patches de Atualização do seu sistema operacional, como Windows, Apple, Office, Adobe, entre outros. Evidentemente, isso só vale para softwares que não são piratas. Nunca faça o download de softwares irregulares, pois podem ter uma “surpresa” escondida.
3. Tenho um bom antivírus e um bom antispam
Há opções baratas ou mesmo grátis na internet, que quando atualizados bloqueiam quase todos os ataques. Não se esqueça de ativar a funcionalidade antispam do seu provedor de e-mails para proteger os usuários como um todo em sua empresa. Oriente-os a respeito.
4. Ative o firewall do seu Windows
Ele pode até ficar um pouco mais lento, mas este é o preço da segurança. Para as empresas, de novo as UTMs ou firewalls são a melhor solução.
“São medidas simples que o pequeno comerciante, o prestador de serviços ou mesmo o usuário doméstico podem implantar não só para se proteger, mas para proteger toda a sociedade, pois não estarão espalhando vírus para outros usuários”, ressalta o presidente da ABES.
Cybersecurity e as PMEs
De acordo com um estudo da BSA The Software Alliance, uma das maiores defensoras da propriedade intelectual do segmento de software no mundo, 65% de todos os ataques digitais (correlacionados ao uso ilegal de programas de computador) em 2015 atingiram PMEs, causando danos financeiros e prejuízo à reputação delas.
A L3, empresa que oferece soluções completas de consultoria, tecnologia, treinamento e suporte para o setor público e privado, faz parte dos números que engrossam estatísticas do ano seguinte a esse estudo.
“Tivemos uma ocorrência em setembro de 2016. No nosso caso foi um problema de engenharia social ao deixar uma máquina exposta na internet com usuário e senha fraca, mas felizmente conseguimos retornar os backups e descriptografar todos os arquivos logo depois”, explica o executivo da L3, Leandro Lopes.
A empresa, que possui uma política baseada nas melhores práticas de mercado e uma suíte de proteção, migrou a maioria dos serviços para a nuvem e alerta para os riscos de exposição.
“Neste cenário, reconhecemos e priorizamos o uso de software original, uma vez que programas não licenciados têm forte correlação com ataques digitais. Sem software original não há como manter as informações seguras e atualizadas”, lembra Lopes.