Fonte: Gov.br

A popularização do reconhecimento facial ainda suscita preocupações quanto à privacidade, a proteção de dados e o risco de discriminação

Novo volume do radar tecnológico analisa as tecnologias de biometria e reconhecimento facial (Imagem: Ascom/ANPD).

 

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) lançou o segundo volume da série Radar Tecnológico, sobre Biometria e Reconhecimento Facial. A primeira edição, publicada em janeiro, abordou o tema Cidades Inteligentes 

Conduzido pela Coordenação-Geral de Tecnologia e Pesquisa (CGTP) da Autoridade, o estudo destaca a crescente relevância e popularidade das tecnologias biométricas e de reconhecimento facial que evoluíram significativamente nos últimos anos. Ele aborda as aplicações e impactos dessas tecnologias em diversos setores, como educação e segurança pública, além de discutir os riscos e desafios associados à privacidade e proteção de dados pessoais. 

A pesquisa evidenciou que, apesar de avanços promissores, há que se levar em conta que informações biométricas são dados pessoais sensíveis e que eventuais erros podem acarretar consideráveis prejuízos à pessoa identificada erroneamente. Além do mais, podem refletir aspectos discriminatórios em certos segmentos sociais. 

De acordo com o estudo, o uso de inteligência artificial tem elevado a precisão do reconhecimento facial. “Contudo, é importante reiterar que a acurácia é apenas um dos desafios inerentes a essas tecnologias, no que diz respeito à privacidade e à proteção de dados, seja pelo setor público, seja pelo setor privado”, alerta o documento. 

O tema é pauta da Agenda Regulatória da ANPD para o biênio 2023–2024, pois desperta preocupações significativas sobre a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos titulares – em especial em relação à crescente popularidade do reconhecimento facial em meios como o acesso a dispositivos eletrônicos, o ingresso em espaços públicos e o exercício de direitos. 

Radar Tecnológico 

O Radar Tecnológico é uma série de publicações da ANPD que objetiva realizar abordagens de tecnologias emergentes que vão impactar ou já estejam impactando o cenário nacional e internacional da proteção de dados pessoais. Para cada tema, são abordados os conceitos principais, as potencialidades e as perspectivas de futuro, sempre com ênfase no contexto brasileiro.  

Sem a intenção de esgotar as temáticas ou firmar posicionamentos institucionais, o propósito da série é agregar informações relevantes ao debate da proteção de dados no País, com textos didáticos e acessíveis ao público geral. 

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