O uso da coleta e análise dos dados nos colocam no caminho de um futuro mais inteligente, inclusive na área de transportes e mobilidade urbana. A avaliação de dados em tempo real, seja nas ruas, rodovias, ferrovias ou trajetos aéreos, está permitindo a criação de sistemas de transportes mais sofisticados que são capazes de aprimorar a movimentação de mercadorias e pessoas com maior eficiência, segurança e economia de recursos. Atualmente, muitos carros possuem sensores que podem gerar até 25 gigabytes de dados por hora, que são utilizados para alimentar novos sistemas de segurança e anticolisão, auxiliando na redução significativa de ferimentos e mortes.
Na aviação não é diferente. Uma companhia aérea pode gerar, na atualidade, até meio terabyte de dados por voo, a partir de sensores espalhados pela aeronave. Essas informações são utilizadas para melhorar o desempenho do avião, reduzir turbulências, aprimorar os protocolos de segurança e identificar defeitos em motores. Além disso, eles também auxiliam a melhorar o planejamento das rotas e a informar às equipes de manutenção quais são as peças que precisam de reposição antes mesmo de falharem. Com aplicação intensiva do uso dados, os ganhos dessas companhias tendem a se multiplicar. Estima-se, por exemplo, que uma melhoria de apenas 1% no desempenho das aeronaves gerada pelo uso dos dados pode significar uma economia anual de até US$ 30 bilhões em combustível para todo o setor.
É sabido que com o crescimento progressivo de veículos em circulação nas ruas, os congestionamentos se transformaram em um dos principais problemas das grandes e médias cidades. As pessoas perdem tempo e os veículos gastam, anualmente, milhões de litros de combustível desnecessariamente. Toneladas de gases que contribuem para o efeito estufa são despejadas no ar.
Na busca por soluções, já existem cidades ao redor do mundo que implantaram sistemas inteligentes de tráfego para acompanhar a velocidade e o deslocamento de veículos em circulação ou presos em engarrafamentos. Adicionalmente, sensores também são usados nos veículos para conectá-los a sistemas capazes de controlar o intervalo de tempo dos semáforos e auxiliar na melhora do fluxo nas vias urbanas.
Essas tecnologias ajudam os gestores públicos a obter mais conhecimento das necessidades da população e das demandas por mobilidade urbana, seja no oferecimento de novos serviços de transporte ou na melhoria de vias e rotas. A cooperação entre poder público e empresas que oferecem serviços via aplicativos móveis, como o Waze, torna possível ainda o monitoramento das condições das vias como, por exemplo, a presença de buracos e irregularidades.
Por meio dos seus dispositivos móveis conectados, as pessoas podem ainda receber informações em tempo real sobre o trânsito nas cidades. Essas aplicações não só ajudam os motoristas a evitar engarrafamentos, mas também contribuem para reduzi-los. Por meio do uso e compartilhamento de informações, como o georreferenciamento, esses aplicativos permitem que seus usuários encontrem as rotas que ofereçam mais rapidez e segurança até o destino.